segunda-feira, 5 de maio de 2008

Ready-made. A "Roda de Bicicleta" de Marcel Duchamp. 1913, madeira e metal, altura 126cm






Se rodarmos uma roda de bicicleta, observamos que, consoante as variações de aceleração, o efeito perceptivo da rotação varia ao ponto de por vezes sermos induzidos a pensar e/ou a percepcionar (?) que a roda gira em direcção oposta. Isto vê-se nas jantes modernas niqueladas das rodas dos automóveis ou até nas rodas das carroças nos filmes do Far West, p.ex. Variando estes efeitos ao ponto de os raios das rodas, neste caso os da bicicleta, parecerem por vezes parar ou até oscilar numa e noutra direcção.
No entanto, referimo-nos aos raios da roda da bicicleta... E estes, oscilam, detém-se, invertem a direcção enquanto raios reais na sua virtualidade de movimento.
Guinamos assim da ilusão perceptiva para a percepção de que, precisamente, essa ilusão de percepção é ainda uma ilusão? Talvez...

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