quinta-feira, 8 de maio de 2008

continuação



Nota (10) do último trecho (Entrar no mundo da interdepedência graças à teoria da relatividade) apresentado em La Vision Profonde... de Thich Nhat Hanh, p.123.



(10)" Aqueles de entre vós para quem a teoria da relatividade não é familiar talvez não compreendam a noção de «continuum quadridimensional». Antes de Einstein, o matemático alemão Minkowski tinha já dito que o tempo e o espaço separados um do outro não são senão fantasmas imaginários (itálicos nossos); é somente quando eles se encontram conjuntamente (ensemble) que representam a realidade. A teoria da Relatividade diz que todas as coisas móveis (blocos de pedra sobre a terra deslocam-se todos em conjunto com a própria terra) podem existir somente no tempo e no espaço num momento dado. Por exemplo, se um avião descola de Paris com destino a Nova Deli, o controlador aéreo no solo deve conhecer não somente a sua longitude x, a sua latitude y, e a sua altitude z, mas deve conhecer também o tempo t com o fito de ter a posição exacta do avião a cada instante do voo. O tempo t é, portanto, a quarta dimensão.
O tempo, o espaço, a massa e o movimento existem em interrelação uns com os outros, e quanto maior é a densidade da massa, mais o espaço que a envolve será curvo. A luz emitida pelos corpos celestes segue uma linha curva quando passa próxima de enormes massas como a do sol, porque, na vizinhança do sol, o espaço é mais curvo. A luz e a energia são também massas, porque a matéria e a energia não são senão uma, segundo a famosa fórmula e = mc2, na qual e é a energia, m a massa, e c a velocidade da luz. A presença da matéria arrasta a curvatura do espaço; em consequência, na relatividade, a linha recta absoluta das matemáticas euclidianas não tem mais lugar."


Thich Nhat Hanh, Op.cit.

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