quinta-feira, 31 de julho de 2008
quarta-feira, 30 de julho de 2008
.
The zen circle (enso). By Hakuin Ekaku.
" The circle represents on one level the totality of the univers and on another level its ultimate voidness."
" A um nível o círculo representa a totalidade do universo, e a outro nível é a vacuidade última."
Comentário de: Anne Bancroft, Zen, direct pointing to reality. London, Thames and Hudson. (Op.cit.)
Imagem: http://www.sahaja-yoga-arts.org/
terça-feira, 29 de julho de 2008
.
Montagem-colagem-des-colagem-digital.
Pintura de Hsiao Hsiang sobre barra em branco digital.
"The great formative age of the Ch'an (Zen) calligraphic style was the Sun masters were preminently landscape painters, creators of mountain, mist, rock and tree paintings that have never been surpassed. They portray a world which is complet in itself, having no motiv or purpose other than being just what it is. (Haze dispersing from around a montain town, one of the Eight Views of the Hsiao Hsiang, ink painting, China, 13th c.)"
Anne Bancroft, Zen. Opus cit.
segunda-feira, 28 de julho de 2008
.
Práxis.
Arquitectónica do espaço. Outros possíveis títulos: "Redutos"; "Entreposto".
Técnica mista e colagem (triângulo de madeira) sobre tela, 60x80cm+-,2001.
Materiais usados: pó de pedra, cimento branco polvilhado, tinta acrílica, verniz, madeira, areia rotilo (de origem vulcânica), água, cola vénus (resina acrílica não tóxica), etc.
Utensílios usados na feitura: dedos, mãos, pêlos de piáça (piaçaba), paus, pincéis velhos, vassouras de palha, etc.
" O gesto silencioso não é o único meio pelo qual se actualiza o nível primário da Realidade. No mínimo pode-se dar mão à linguagem, à palavra formada, para actualizar aqui e agora a Verdade eterna:
Um monje perguntou um dia a Fêng Hsûeh (896-973): " A palavra altera a transcendência (da Realidade) e o silêncio altera a sua manifestação. Como combinar palavra e silêncio sem que se altere a Realidade?"
O mestre respondeu: " Eu me recordaría de uma paisagem primaveril que contemplei um dia no Chiang Nan. As perdizes traquinavam piando entre as flores perfumadas, que estalavam precisamente então."
O monje havia dito: se usamos as palavras para descrever o nível primário da Realidade, a unicidade articulada original articular-se-à inevitavelmente a entidades limitadas. Se, pelo contrário, nos calamos, tudo se funde no Nada eterno e o aspecto fenoménico da Realidade desaparece. Daí a pergunta: como podem combinar-se palavra e silêncio de forma a que a Realidade absoluta se apresente segundo os seus aspectos?
Em lugar de responder ao monje dizendo-lhe como combinar palavra e silêncio, o mestre Fêng Hsûeh faz-lhe compreender directamente o nível primário da Realidade como uma combinação de silêncio e palavra. Para o compreender correctamente, teremos de apreender e guardar em nosso espírito que a encantadora paisagem primaveril aqui evocada por meio de palavras foi extraída das profundidades da memória. É uma paisagem, longínqua tanto temporal quanto espacialmente do lugar em que se encontra o poeta. Por outras palavras é uma paisagem não existente. Todavia, enquanto é evocada pela memória, a paisagem está aí, assombrosamente vivaz. Os murmúrios emitidos pelas perdizes não são escutados nesse ponto espacio-temporal da realidade exterior, mas numa dimensão distinta, as perdizes piam indubitavelmente por entre as flores perfumadas. Todos os elementos do poema, compreendido o próprio sujeito, o Eu, estão de esse modo e ao mesmo tempo ausentes e presentes num mesmo e único momento. É uma combinação particular de silêncio e de palavra."
Toshihiko Izutsu, El Kôan Zen, p.36.
Tradução de Luís de Barreiros Tavares
Um monje perguntou um dia a Fêng Hsûeh (896-973): " A palavra altera a transcendência (da Realidade) e o silêncio altera a sua manifestação. Como combinar palavra e silêncio sem que se altere a Realidade?"
O mestre respondeu: " Eu me recordaría de uma paisagem primaveril que contemplei um dia no Chiang Nan. As perdizes traquinavam piando entre as flores perfumadas, que estalavam precisamente então."
O monje havia dito: se usamos as palavras para descrever o nível primário da Realidade, a unicidade articulada original articular-se-à inevitavelmente a entidades limitadas. Se, pelo contrário, nos calamos, tudo se funde no Nada eterno e o aspecto fenoménico da Realidade desaparece. Daí a pergunta: como podem combinar-se palavra e silêncio de forma a que a Realidade absoluta se apresente segundo os seus aspectos?
Em lugar de responder ao monje dizendo-lhe como combinar palavra e silêncio, o mestre Fêng Hsûeh faz-lhe compreender directamente o nível primário da Realidade como uma combinação de silêncio e palavra. Para o compreender correctamente, teremos de apreender e guardar em nosso espírito que a encantadora paisagem primaveril aqui evocada por meio de palavras foi extraída das profundidades da memória. É uma paisagem, longínqua tanto temporal quanto espacialmente do lugar em que se encontra o poeta. Por outras palavras é uma paisagem não existente. Todavia, enquanto é evocada pela memória, a paisagem está aí, assombrosamente vivaz. Os murmúrios emitidos pelas perdizes não são escutados nesse ponto espacio-temporal da realidade exterior, mas numa dimensão distinta, as perdizes piam indubitavelmente por entre as flores perfumadas. Todos os elementos do poema, compreendido o próprio sujeito, o Eu, estão de esse modo e ao mesmo tempo ausentes e presentes num mesmo e único momento. É uma combinação particular de silêncio e de palavra."
Toshihiko Izutsu, El Kôan Zen, p.36.
Tradução de Luís de Barreiros Tavares
terça-feira, 15 de julho de 2008
Uma vida de paz, de liberdade e de amor
"Praticar uma vida de observação profunda segundo os ensinamentos do Buda permite levar uma existência de paz, de liberdade e de bem-estar e a realizar a libertação total. O gatha da Melhor Maneira de Viver Somente lembra-nos que podemos evitar a morte e aconselha-nos a ser vigilantes na prática de hoje, porque, amanhã, poderá ser tarde demais. A morte sobrevém imprevisivelmente, e com ela não há escapatória possível. Se perseverarmos nesta prática, a paz, a alegria e a estabilidade irão expandir-se a cada dia até que realizemos a libertação total. Quando ela é atingida, a morte não poderá mais nos afectar.
Uma tal vida conferirá o bem-estar aos nossos amados mais chegados e aos outros. O material da estabilidade e do desapego é também a pedra de ângulo da libertação. A libertação é fruto de uma profunda observação que conduz à realização da natureza desprovida de si e impermanente de tudo o que é. Observando com profundidade, poderemos vencer a morte, pelo que a observação da impermanência pode conduzir-nos a transcender as fronteiras do nascimento e da morte. Quando contemplamos tudo o que existe no universo assim como os seres que nos são queridos, vemos que não há nada de eterno e estável a que possamos chamar «eu» ou «si»."
Thich Nhat Hanh, Op.Cit.
sábado, 12 de julho de 2008
sexta-feira, 11 de julho de 2008
quinta-feira, 10 de julho de 2008
.
O Tao que se procura alcançar não é o próprio Tao;
o nome que se lhe quer dar não é o seu nome adequado.
Sem nome, representa a origem do universo;
com um nome, torna-se Mãe de todos os seres.
Pelo não-ser, atinjamos o seu segredo
Pelo ser, abordemos o seu acesso.
Não-ser e Ser saindo de um fundo único
só se diferenciam pelos seus nomes.
Este fundo único chama-se Obscuridade.
Obscurecer esta obscuridade,
eis a porta de toda a maravilha.
Lao-Tzu, Tao te king
.
O Tao que se procura alcançar não é o próprio Tao;
o nome que se lhe quer dar não é o seu nome adequado.
Sem nome, representa a origem do universo;
com um nome, torna-se Mãe de todos os seres.
Pelo não-ser, atinjamos o seu segredo
Pelo ser, abordemos o seu acesso.
Não-ser e Ser saindo de um fundo único
só se diferenciam pelos seus nomes.
Este fundo único chama-se Obscuridade.
Obscurecer esta obscuridade,
eis a porta de toda a maravilha.
Lao-Tzu, Tao te king
.
sexta-feira, 4 de julho de 2008
terça-feira, 1 de julho de 2008
Subscrever:
Mensagens (Atom)