segunda-feira, 31 de março de 2008
Interlúdio
-
Caracol. Tinta da china em papel, 2001.
Oferecido a Irene Borges-Duarte
Drawing by Luís de Barreiros Tavares
-
domingo, 30 de março de 2008
Humour... More China... Pu-tei Dancing.
sexta-feira, 28 de março de 2008
quarta-feira, 26 de março de 2008
_
"O segredo do Aikido
Não está no modo como você move os pés,
Está no modo como você move sua mente.
Eu não estou ensinando técnicas marciais;
Estou ensinando a não-violência."
Morihei Ueshiba
http://aikido-porto.blogspot.com/2007/05/lets-dance.html
terça-feira, 25 de março de 2008
A ponte: forma, sem-forma, in-formal.
"Esta técnica particular de dissolução da visualização, que constitui uma ponte entre os aspectos formais e informais da meditação, é um elemento dominante da caminhada tântrica. Esta ponte entre a forma e o sem-forma pode ser experimentada de maneiras diversas segundo a perspicácia do praticante. No plano último, não experimentamos mais a existência de um intervalo entre forma e sem-forma. Nesse momento, se meditamos sobre uma forma, fazemos também a experiência do sem-forma mas enquanto forma vazia, união da forma e da vacuidade. Forma e sem-forma estão simultaneamente presentes e uma fase de dissolução agindo como ponte de uma à outra não é necessária.
Todavia, a ponte pode ser estabelecida muito rapidamente mesmo por alguém que tenha capacidades pouco desenvolvidas. Tal pessoa poderá empregar uma técnica muito particular na qual meditamos sobre uma forma dada. Por exemplo, visualizamo-nos a nós mesmos e todos os seres enquanto divindades e o mundo exterior integral enquanto reino de pura experiência. Dissolvemos instantaneamente a forma da visualização e encontramo-nos num estado informal.
Nesta técnica, há assim um intervalo vazio, há uma diferença entre um estado e o outro, mas a passagem de um a outro pode ser efectuada ou muito rapidamente, ou muito suavemente. Alguém que se inicia na prática não tem evidentemente de imediato a livre disposição deste tipo de destreza de espírito, de tal maneira que a dissolução gradual constitui no tantra uma técnica muito profunda para aclimatar o espírito à passagem de um estado de experiência ao outro, de um estado formal a um estado informal."
Kalou Rinpotche, Instructions Fondamentales, introduction au boudhisme Vajrayana, Trad. Françoise Bonardel, Paris, Albin Michel, col. spiritualités vivantes, 1990, p.217.
Todavia, a ponte pode ser estabelecida muito rapidamente mesmo por alguém que tenha capacidades pouco desenvolvidas. Tal pessoa poderá empregar uma técnica muito particular na qual meditamos sobre uma forma dada. Por exemplo, visualizamo-nos a nós mesmos e todos os seres enquanto divindades e o mundo exterior integral enquanto reino de pura experiência. Dissolvemos instantaneamente a forma da visualização e encontramo-nos num estado informal.
Nesta técnica, há assim um intervalo vazio, há uma diferença entre um estado e o outro, mas a passagem de um a outro pode ser efectuada ou muito rapidamente, ou muito suavemente. Alguém que se inicia na prática não tem evidentemente de imediato a livre disposição deste tipo de destreza de espírito, de tal maneira que a dissolução gradual constitui no tantra uma técnica muito profunda para aclimatar o espírito à passagem de um estado de experiência ao outro, de um estado formal a um estado informal."
Kalou Rinpotche, Instructions Fondamentales, introduction au boudhisme Vajrayana, Trad. Françoise Bonardel, Paris, Albin Michel, col. spiritualités vivantes, 1990, p.217.
sábado, 22 de março de 2008
quinta-feira, 20 de março de 2008
terça-feira, 18 de março de 2008
"The monkey is reaching for the moon
in the water,
Until death overtakes him he will never
give up.
If he would only let go the branch and
disappear into the deep pool,
The whole world would shine with
dazzling clearness."
Pintura de Hakuin: http://images.google.pt/images?um=1&hl=pt-PT&q=The+monkey+of+Hakuin&btnG=Procurar+imagens
Poema de Hakuin: Anne Bancroft, Zen, London, Thames and Hudson, 1987.
sexta-feira, 14 de março de 2008
quinta-feira, 13 de março de 2008
ah a leveza aérea do rio...
ah a leveza aérea do rio que
desliza
sem o saber e a luz
alvinitente
que o tece___todos os dias
sem cessar
é isso que vos oferece
eternidade
que nunca se trai
nunca se desnuda
às coisas em
estrita mutação
"Lírica Translúcida" - edição de autor
Manoel de Souza-Valente.
Pseudónimo de Manoel Tavares Rodrigues-Leal
lxª2007/06/26
Opus.cit
"...nunca se trai/nunca se desnuda...". E contudo este passo parece sugerir que a 'eternidade' acompanha as "coisas em estrita mutação" ao ponto de se 'trans-fundir' com elas. E é neste acompanhar da eternidade com as coisas e das coisas com a eternidade que esta se move, em mutação, de outro modo que não o das coisas como quando se lêem esses versos pela primeira vez. Reler os versos permite com efeito a trans-mutação. Trans-mutação da própria eternidade. Eternidade já móvel e não imóvel à maneira platónica ("o tempo é a imagem móvel da eternidade"Platão). Donde o sentido de eclosão e de multiplicidade de percepções que retroagem sobre uma pretensa estaticidade do eterno. Daí a ideia de 'translucidez' (Lírica Translúcida) que sugere a força e a intensidade das sensações que atravessam o poema. Num re-dimensionamento perceptivo do que se move e do que não se move.
desliza
sem o saber e a luz
alvinitente
que o tece___todos os dias
sem cessar
é isso que vos oferece
eternidade
que nunca se trai
nunca se desnuda
às coisas em
estrita mutação
"Lírica Translúcida" - edição de autor
Manoel de Souza-Valente.
Pseudónimo de Manoel Tavares Rodrigues-Leal
lxª2007/06/26
Opus.cit
"...nunca se trai/nunca se desnuda...". E contudo este passo parece sugerir que a 'eternidade' acompanha as "coisas em estrita mutação" ao ponto de se 'trans-fundir' com elas. E é neste acompanhar da eternidade com as coisas e das coisas com a eternidade que esta se move, em mutação, de outro modo que não o das coisas como quando se lêem esses versos pela primeira vez. Reler os versos permite com efeito a trans-mutação. Trans-mutação da própria eternidade. Eternidade já móvel e não imóvel à maneira platónica ("o tempo é a imagem móvel da eternidade"Platão). Donde o sentido de eclosão e de multiplicidade de percepções que retroagem sobre uma pretensa estaticidade do eterno. Daí a ideia de 'translucidez' (Lírica Translúcida) que sugere a força e a intensidade das sensações que atravessam o poema. Num re-dimensionamento perceptivo do que se move e do que não se move.
e o luar_____ao longe
e o luar____ao longe
desponta
à noite aflui
ofusca
o dia perene
e o luar alto também
flui
trai luz
diferente distraída
que alui como se fora um rio irreal
Manoel de Souza-Valente
Poema inédito do livro "Lírica Translúcida." Ainda sem as pontuações singulares que o poeta imprime ao poema.
lxª2007/06/22
A estrutura do poema. Como um bloco. Um bloco de devir. O trato da palavra. Em cifra.
É o que consegue M.S-V.
desponta
à noite aflui
ofusca
o dia perene
e o luar alto também
flui
trai luz
diferente distraída
que alui como se fora um rio irreal
Manoel de Souza-Valente
Poema inédito do livro "Lírica Translúcida." Ainda sem as pontuações singulares que o poeta imprime ao poema.
lxª2007/06/22
A estrutura do poema. Como um bloco. Um bloco de devir. O trato da palavra. Em cifra.
É o que consegue M.S-V.
quarta-feira, 12 de março de 2008
segunda-feira, 10 de março de 2008
'I don't know.' Seung Sahn (Soen-sa) b.1927. North Korea.
«After a time he began to see visions, both terrible and beautiful. On hundredth day, while he was sitting outside chanting and beating a moktak (a gong),
his body disappeared and he was in infinite space. From far away he could hear the moktak beating, and the sound of his own voice. He remained in this state for some time. When he returned to his body, he understood. The rocks, the river, everything he could hear, all this was his true Self. All things are exactly as they are. The truth is just like this.
"He came down from the mountain and went to the Zen Master Ko Bong, said to be the greatest in Korea and the hardest, for advice on how to practise.
Ko Bong said, 'A monk once asked Zen Master Jo-Ju (Chau-chu), "Why did Bodhidharma come to China?" Jo-Ju answered, "The pine tree in the front garden." What does this mean?' Soen-sa understood the koan, he didn't know how to answer. He said, 'I don't know.' Ko Bong said, 'Only keep this don't-know mind. That is true Zen practice.'»
in: Anne Bancroft, Zen, Direct pointing to reality, London, Thames and Hudson, 1987, p.29.
his body disappeared and he was in infinite space. From far away he could hear the moktak beating, and the sound of his own voice. He remained in this state for some time. When he returned to his body, he understood. The rocks, the river, everything he could hear, all this was his true Self. All things are exactly as they are. The truth is just like this.
"He came down from the mountain and went to the Zen Master Ko Bong, said to be the greatest in Korea and the hardest, for advice on how to practise.
Ko Bong said, 'A monk once asked Zen Master Jo-Ju (Chau-chu), "Why did Bodhidharma come to China?" Jo-Ju answered, "The pine tree in the front garden." What does this mean?' Soen-sa understood the koan, he didn't know how to answer. He said, 'I don't know.' Ko Bong said, 'Only keep this don't-know mind. That is true Zen practice.'»
in: Anne Bancroft, Zen, Direct pointing to reality, London, Thames and Hudson, 1987, p.29.
quinta-feira, 6 de março de 2008
.
-
http://www.perve.org.pt/portfolio.html
Escultura-instalação. Ou talvez um pouco um ready-made aided. Título:"Porta-veículo-andrógino." Ou: "Fétiche biface." Técnica: acrílico e esmalte sobre porta de madeira. Medidas: 165x45x50. Data: 2001.
Duas faces de uma porta assente em base de madeira com quatro rodas rotativas sobre o eixo vertical. Face da esquerda é a fêmea. A face da direita é o macho.
Autor: U
terça-feira, 4 de março de 2008
Subscrever:
Mensagens (Atom)